18 de ago. de 2025
Nando
CEO | FOUNDER
O mundo da inteligência artificial vive de surpresas, e a mais recente atende pelo nome curioso de Nano-Banana. Sem anúncio oficial ou campanha de lançamento, esse modelo simplesmente apareceu no LM Arena, plataforma aberta para testes e comparações de modelos de IA. E bastaram algumas horas de uso para a comunidade perceber que tem algo especial ali.

Imagem de reprodução: Theo Richardson (@theodesigning on X)
Enquanto outros modelos tropeçam em tarefas delicadas, como manter consistência de personagens ou editar rostos com precisão, o Nano-Banana parece dar um salto adiante. Usuários relatam resultados impressionantes, especialmente em tarefas de edição guiadas por texto, algo que até agora é um calcanhar de Aquiles para muitas ferramentas.
De onde veio o Nano-Banana?
Essa era a pergunta que movimentava fóruns e redes sociais até o dia 26 de agosto. Especulava-se que poderia ser um projeto secreto das big techs, ter relação com o Qwen Image, ou até ser fruto de um laboratório independente.
O mistério em torno do Nano-Banana finalmente chegou ao fim. Na manhã de 26 de agosto, o perfil oficial do Gemini no X confirmou que o modelo pertence ao Google.

Antes da confirmação, o burburinho já havia aumentado quando Sundar Pichai, CEO da empresa, publicou um post enigmático com apenas três emojis de banana 🍌🍌🍌, sem mais explicações.
O suspense em torno da autoria ajudou a aumentar ainda mais o interesse da comunidade. Agora, com a revelação oficial, o Nano-Banana entra para a lista de ferramentas de IA do Google, reforçando a estratégia da big tech de expandir seu portfólio criativo.
Por que o Nano-Banana se destaca?
Ao contrário de modelos como Midjourney ou Stable Diffusion, conhecidos por criar imagens do zero, o Nano-Banana parece ir além e tem um foco adicional: editar com precisão. Essa habilidade de combinar criação e edição é justamente o que tem impressionado a comunidade.
Usuários relatam que ele é capaz de:
Atender a prompts de edição complexos com naturalidade
Completar rostos inteiros a partir de descrições como “imagine o rosto inteiro da pessoa e crie-o”
Ajustar detalhes finos, como iluminação, texturas e feições, de forma que o resultado não “denuncie” a edição

Essa habilidade tem gerado comparações ousadas: alguns afirmam que ele pode inaugurar uma nova geração de modelos mais voltados para pós-produção e retoque inteligente do que para simples criação de imagens.
Onde testar o Nano-Banana (Gemini 2.5 Flash Image)?
Até recentemente ele estava acessível apenas para testes experimentais no LM Arena, onde você podia compará-lo com outros modelos em rodadas cegas. Isso significa que você avalia imagens sem saber qual modelo gerou, escolhendo as melhores e, cada vez mais, a comunidade estava escolhendo os resultados do Nano-Banana.
O que antes era um modelo misterioso do LM Arena agora tem nome oficial: Gemini 2.5 Flash Image. Isso significa que o antigo Nano-Banana não está mais restrito a testes cegos, mas já pode ser usado de forma prática por desenvolvedores e empresas.
Como acessar o Nano-Banana (Gemini 2.5 Flash Image):
Google AI Studio: você pode experimentar gratuitamente no modo build, criando e remixando apps de edição e geração de imagens com prompts simples.
Gemini API: disponível para desenvolvedores, com preço de US$ 30 por 1 milhão de tokens de saída (cada imagem consome ~1290 tokens, ou cerca de US$ 0,039 por imagem).
Vertex AI: para empresas que já utilizam o ecossistema de nuvem do Google.
OpenRouter.ai: em parceria com o Google, leva o modelo a uma base de mais de 3 milhões de desenvolvedores.
fal.ai: outra parceria que torna o modelo acessível a uma comunidade ainda maior de criadores de mídia generativa.
👉 Para começar, acesse Google AI Studio e teste no modo build.

Quais são os novos recursos do Gemini 2.5 Flash Image?
O antigo Nano-Banana não chamou atenção à toa. Agora, oficialmente lançado como Gemini 2.5 Flash Image, o modelo chega com um conjunto de recursos que atacam justamente os pontos mais difíceis da criação visual com IA:
Consistência de personagem: um dos maiores desafios na geração de imagens é manter o mesmo personagem ou objeto em diferentes prompts. O Gemini 2.5 resolve isso, permitindo colocar uma mesma pessoa em vários ambientes, criar produtos em múltiplos ângulos ou gerar uma sequência de imagens com identidade visual consistente.
Edição localizada via prompt: é possível fazer transformações pontuais com comandos em linguagem natural. Exemplos práticos: borrar apenas o fundo de uma imagem, remover uma mancha de roupa, alterar a pose de alguém ou até colorir uma foto em preto e branco.
Conhecimento de mundo: além de estética, o modelo entende contexto. Isso abre espaço para usos em educação, design informativo e prototipagem, como interpretar diagramas ou criar materiais visuais interativos a partir de esboços.
Fusão de múltiplas imagens: você pode mesclar diferentes entradas em uma só, como inserir um produto em uma nova cena, mudar o estilo de um ambiente ou gerar mockups dinâmicos para um catálogo inteiro.

O que torna o Nano-Banana especial para edição de imagens?
A maioria dos modelos de geração de imagens foca na criação do zero, mas falha quando se trata de editar imagens já existentes. É nesse ponto que o Nano-Banana chama atenção.
Ele consegue interpretar comandos textuais de forma mais precisa, oferecendo edições que respeitam a coerência visual da cena. Seja ao mudar detalhes de iluminação, ajustar traços faciais ou completar áreas faltantes, o modelo mostra resultados que não parecem artificiais.
Esse diferencial faz com que muitos criativos enxerguem no Nano-Banana uma ferramenta voltada não apenas para a invenção de imagens, mas também para a pós-produção inteligente.

Uma das qualidades do Nano Banana é a forma como ele gerencia o desfoque de movimento: o produto se mantém nítido e em destaque, ao mesmo tempo que se integra de forma harmoniosa ao fundo.

O alinhamento entre o estilo do personagem e o produto cria um resultado excelente. O mais impressionante é como ele consegue manter a mesma atmosfera, sem alterar a estética e o estilo originais.

Imagens de reprodução: Daria_Surkova (@Dari_Designs on X)
Nano-Banana pode completar ou gerar rostos?
Sim! Esse é talvez o recurso mais comentado pela comunidade. O modelo tem se mostrado capaz de completar rostos parcialmente visíveis ou até gerar feições inteiras a partir de descrições em texto.
Um prompt simples como “imagine o rosto inteiro da pessoa e crie-o” já foi suficiente para que usuários relatassem resultados extremamente naturais, com olhos, boca e expressão reconstruídos sem os tradicionais “artefatos estranhos” comuns em outras IAs.
Isso coloca o Nano-Banana em um patamar promissor para aplicações que exigem fotorrealismo e consistência, algo que até agora era difícil de alcançar em retratos com IA.
O usuário do X @cannn064 compartilhou um resultado interessante: “Editei esta imagem pedindo: imagine o rosto inteiro da pessoa e crie-o. Na esquerda está minha entrada e na direita está a imagem que o nano banana gerou.”


Imagem de reprodução: Can Hi (@cannn064 on X)
Para que tipos de tarefas o Nano-Banana é mais adequado?
Com base nos primeiros testes feitos pela comunidade, o Nano-Banana parece se destacar em alguns cenários:
Edição de imagens baseada em texto: pequenas ou grandes transformações guiadas apenas por descrições.
Geração e completamento de rostos: reconstrução de traços, rostos inteiros ou ajustes sutis de expressão.
Transformações criativas: mudanças no estilo, na atmosfera ou no enquadramento de imagens já existentes.
Detalhes técnicos: refinamento de iluminação, texturas e correção de inconsistências.
Essa versatilidade o coloca como uma ferramenta que dialoga tanto com artistas e designers quanto com profissionais de fotografia, moda e publicidade, que lidam com demandas de consistência visual no dia a dia.

Imagem de reprodução: Chetaslua (@chetaslua on X)
O que esperar para o futuro do Nano-Banana no ecossistema Google?
Com a confirmação de que o Nano-Banana é o Gemini 2.5 Flash Image, já não falamos mais de rumores, mas de um produto real do Google com roadmap claro.
O modelo foi lançado em preview no Google AI Studio, Gemini API e Vertex AI, com a promessa de ganhar estabilidade nas próximas semanas. Isso significa que o futuro do Nano-Banana está diretamente ligado à evolução do ecossistema Gemini, que deve trazer atualizações constantes em qualidade, velocidade e integração com outras modalidades (texto, áudio e vídeo).
Entre as possibilidades de curto e médio prazo, estão:
Estabilidade oficial: o modelo ainda está em preview, mas será disponibilizado de forma estável em breve.
Integrações ampliadas: espera-se que ele seja incorporado de forma mais profunda ao Google Workspace e a fluxos criativos na nuvem via Vertex AI.
Mais controle criativo: recursos como consistência de personagem, blend de múltiplas imagens e transformações guiadas por linguagem natural devem evoluir com base no feedback dos criadores.
Expansão de acesso: parcerias com plataformas como OpenRouter e fal.ai indicam que o modelo será cada vez mais acessível à comunidade global de criativos.
Segurança e rastreabilidade: todas as imagens geradas carregam a marca d’água invisível SynthID, uma camada de confiança que deve se tornar padrão em futuros modelos do Google.
Em resumo: se no início o Nano-Banana era apenas uma incógnita divertida da comunidade, agora, como Gemini 2.5 Flash Image, ele se firma como parte de uma estratégia maior do Google para liderar a criação visual com IA em escala global.
👉 Leia também: As ferramentas favoritas da Human para criar imagens, vídeos e fazer upscale com IA
Conclusão: Nano-Banana é um hype passageiro ou revolução criativa?
O Nano-Banana é aquele tipo de novidade que a comunidade descobre antes da imprensa. Ele é apenas um experimento curioso… ou o primeiro passo de uma virada histórica na edição de imagens com IA?
Mas agora o mistério acabou: já sabemos que o Nano-Banana é desenvolvido pelo Google. Pode até ter surgido de forma discreta, mas já se posiciona como um dos modelos mais promissores do mercado. Seja pela precisão em edição de imagens ou pela capacidade de gerar rostos inteiros com naturalidade, o Nano-Banana mostra que estamos entrando em uma nova fase da criação visual.
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