
27 de out. de 2025
Human Picks
Staff
O Veo 3.1, novo modelo de vídeo com inteligência artificial do Google, foi lançado junto a uma atualização importante do Flow, a interface que permite criar e editar cenas de forma visual.
Mais do que um salto estético, o Veo 3.1 representa uma evolução de maturidade: ele oferece controle real para quem cria, do som ao enquadramento. A seguir, um resumo claro das cinco melhorias mais relevantes para quem trabalha com audiovisual e quer entender o que realmente mudou.
1. Realismo visual aprimorado
O ponto mais evidente está no realismo das imagens. O Veo 3.1 produz vídeos com textura mais natural e comportamento de luz mais próximo do real, especialmente em materiais como pele, tecidos e superfícies refletivas.
Esses ajustes não tornam o resultado “perfeito”, mas o deixam mais coerente com a lógica do mundo físico, reduzindo distorções de perspectiva e inconsistências entre quadros. Confira alguns resultados da @ciguleva:
Para diretores de arte e motion designers, isso significa menos retoque e mais liberdade para focar na narrativa.
2. Áudio integrado às cenas
Outra mudança relevante é a chegada do áudio gerado automaticamente. Agora, recursos como Ingredients to Video, Frames to Video e Extend podem incluir efeitos sonoros, ambiência e ritmo de forma nativa.
Na prática, isso permite visualizar (e ouvir) o clima da cena antes de passar pela pós-produção. O áudio ainda é experimental, mas já ajuda a entender as intenções narrativas, por exemplo, o som do vento em uma cena aberta ou o barulho ambiente em um café.
Em relação a som, o usuário @EHuanglu conta “Agora dá pra criar anúncios com um único prompt JSON para QUALQUER produto... 1080p, várias tomadas, narração, efeitos sonoros, música, tudo incluso”
3. Continuidade narrativa entre quadros
Com a função Frames to Video, o usuário define uma imagem inicial e outra final, e o Veo 3.1 cria a transição entre elas. O resultado é uma sequência mais fluida e cinematográfica, com sensação de passagem de tempo ou deslocamento de câmera.
Aqui, o @minchoi compartilhou o resultado adquirido com essa funcionalidade, criando um comercial fictício para a Old Spice:
Essa ferramenta é útil para quem quer construir transições, cortes suaves e movimentos de câmera contínuos sem precisar de múltiplos prompts isolados. É um passo importante para quem busca consistência, um dos maiores desafios na criação de vídeo com IA.
4. Edição generativa dentro do Flow
O Veo 3.1 também expande o controle dentro do Flow, que agora inclui funções de edição como Insert e Remove. Com elas, é possível adicionar ou remover elementos diretamente na cena, e o sistema se encarrega de reconstruir a iluminação e o fundo de forma coerente.
Essas ferramentas tornam o ambiente do Flow um espaço de criação contínua, onde a IA colabora na lapidação da ideia, não apenas na geração inicial.
5. Melhor interpretação de prompt
O modelo está mais fiel às instruções textuais e visuais. Ele compreende com mais precisão descrições de ambiente, enquadramento, movimento de câmera e atmosfera.
Na prática, isso significa menos tentativas para chegar ao resultado desejado, uma diferença importante para quem produz de forma recorrente. A aderência ainda depende de clareza no prompt e referências bem escolhidas, mas a evolução é perceptível.
O Veo 3.1 demonstra um entendimento mais refinado da linguagem visual, tornando a IA um instrumento mais previsível e utilizável no dia a dia.
O usuário @fofrAI testou usar o modelo para usar uma imagem de referência e o relato foi: “As referências do Veo 3.1 fazem maravilhas. Parecem captar mais contexto do que outros modelos, o que significa que você pode induzir coisas como esta: > Crie uma cena de filme baseada nesta arte”
Conclusão
O Veo 3.1 é uma atualização sólida, que prioriza controle e consistência. Não é um modelo revolucionário, mas um passo firme em direção a um tipo de criação mais prática e menos experimental.
Para fechar, um vídeo que combina o Veo 3.1 + Midjourney, feito em 1h pela Tatiana Tsiguleva (@ciguleva):
Para quem trabalha com audiovisual, direção de arte ou conteúdo digital, essas melhorias representam ferramentas mais estáveis e funcionais, e uma oportunidade de incorporar IA no fluxo de trabalho com propósito, não apenas curiosidade.












